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O ex-jogador da seleção da França de futebol e do Manchester United Eric Cantona conseguiu um golpe publicitário de destaque nesta terça-feira (10). Cantona deu entrevistas nas quais afirmou que havia mandado um carta para 500 prefeitos de cidades francesas pedindo a assinatura em um abaixo-assinado cujo objetivo era referendar sua candidatura para a presidência da França.
De acordo com o site do canal francês France 24, na mensagem aos prefeitos, Cantona pedia aos políticos que entrassem no site de sua campanha, o www.ericcantona.fr, que estava “em construção” até a noite de segunda-feira.
Na manhã desta terça-feira, o site passou a redirecionar os usuários para outro site, o da Mobilisation Générale pour le Logement (Mobilização Geral pela Habitação), um movimento liderado pela Fundação Abbe-Pierre, uma instituição de caridade que trabalha para providenciar
“habitações sociais para os menos privilegiados”.
Segundo a ONG, 10 milhões de pessoas na França sofrem com falta de moradia e com os preços para conseguir uma casa. Assim, a campanha tem mesmo o objetivo de conseguir 500 assinaturas, mas não para a candidatura de Cantona e sim para que a habitação seja um tema central nas eleições presidenciais da França, marcadas para abril.
| Em sua carta aos prefeitos, Cantona disse que quer suas assinaturas pois é “um cidadão preocupado em nossa era. Quero oferecer a oportunidade aos mais jovens, cujas escolhas são limitadas demais, injustas demais, brutais demais e sistemáticas. Este compromisso demanda que eu fale, mais seriamente que de costume, com um senso de minha responsabilidade como cidadão em um momento no qual nosso país enfrenta escolhas difíceis e está determinando seu futuro. Conseguir as 500 assinaturas vai permitir que eu carregue uma mensagem simples e clara – uma sobre verdade, mas também sobre respeito”. |
Esta não é a primeira vez que Cantona mostra seu engajamento. Em 2010, durante um dos momentos agudos da crise financeira, Cantona pediu que todos os franceses tirassem seu dinheiro dos bancos, como forma de provocar o fim do sistema bancário nacional, para Cantona o maior culpado pela crise.
Foto: Sang Tan / AP
José Antonio Lima
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