...ou como montar um cardápio para leitores bons-de-garfo.
Existem sim estudos para se identificar padrões de comportamento e reações neurofisiológicas (e agora? com ou sem hífen?) de consumo ligadas à comida. (Sabia? Eu estou sabendo agora!) E, de acordo com as pesquisas sobre o assunto, pode-se aprender muito sobre o tema estudando cardápios caprichados, feitos exclusivamente para despertar experiências sensoriais e gustativas nos clientes em potencial só com a leitura e o folhear das cartas dos restaurantes. Pois é dessa forma que os estabelecimentos mais espertos conseguem estimular, induzir, orientar os clientes a deixar um dinheirinho maior no caixa e ainda satisfazer o gosto dos clientes (em alguns casos).
Veja abaixo como deve ser a correta orientação de leitura de um cardápio:
Dicas para a confecção de um bom cardápio:
Além de seguir a correta orientação de leitura para "seduzir" o freguês e pegá-lo pelos olhos e pelo tato, outras técnicas também devem ser utilizadas para extrair ao máximo as experiências gustativas e sensoriais antes do pedido ser efetuado. O layout é fundamental. Simples, bem estruturado, seguindo as orientações de leitura recomendadas acima.
Além disso, é aconselhável esconder os preços, caprichar nas fotos dos alimentos (quem faz isso muito bem são os fast-foods tipo Mc Donald's), forçar o cliente a folhear o cardápio até o final, dar nomes sugestivos aos pratos oferecidos, a escolha adequada das cores e das fontes do texto, etc... Tudo isso, garantem, deve ser minuciosamente trabalhado. Afinal, o cardápio é uma das formas mais diretas de interação e comunicação com a "cozinha" da casa.
Sabendo disso - agora -, é possível que não volte mais a comer gato por lebre e evite certas armadilhas que alguns cardápios prometem deliciosamente. E, para os bons-gourmets como eu, trata-se de mais uma diversão possível a análise das cartas enquanto escolhemos aquilo que melhor nos apetecer.


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