Publicado no Blog do Josias de Souza, 07/02/2008.Nas páginas de “Ilusões Perdidas”, Balzac (1799-1850) anotou: “Se a imprensa não existisse, seria preciso não inventá-la.” No Brasil, ela foi inventada nas pegadas da chegada da família real. Lá se vão 200 anos.
Programaram-se festejos em todo país. Alguns baterão palmas. Outros indagarão: comemorar o quê? Alguns celebrarão a publicação de todos os fatos. Outros lamentarão a omissão dos principais.
Alguns dirão que a imprensa arranca véus. Outros dirão que ela fabrica réus. Alguns a considerarão útil. Outros a tacharão de fútil. Alguns reconhecerão sua independência. Outros apontarão sua prepotência.
De fato, a imprensa é uma das mais perversas invenções do gênio humano, excetuando-se, naturalmente, todas as outras. Inventada, reinventa-se cotidianamente no vácuo das perversões de todas as outras criações da humanidade.
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